Especialistas da Universidade de Edimburgh, na Escócia, produziram um software que pôde recriar um instrumento musical muito utilizado na Roma Antiga, o Lituus, que é um instrumento de sopro, parecido com o trompete (mas com limitação de formação de acordes), e que mede aproximadamente 2,5 metros. Uma das últimas obras escritas para o Lituus foi "O'Jesu Christ, meins lebens licht", de J.S. Bach, e agora pode ser ouvida com o som idealizado pelo compositor, que não pode ser reproduzido por instrumentos modernos. O software foi originalmente criado para melhorar o design de instrumentos modernos por Alistair Braden, aluno da faculdade. No entanto, a Schola Cantorum Basiliensis, um conservatório suíço especializado em música antiga, abordaram Braden e seu professor, Murray Campbell, para que "redesenhassem" o Lituus através de descrições de seu formato e registros das notas musicais de composições feitas para o instrumento, além de diagramas e detalhes do tipo de som provavelmente produzido pelo Lituus. A Schola, inclusive, já fez uma apresentação de "O'Jesu Christ, meins lebens licht" usando duas amostras idênticas do Lituus.
sábado, 30 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
"Cornômetro" masculino
terça-feira, 26 de maio de 2009
Parabéns, Bethany!
O Rolo
O autor da trilogia Ring (O Chamado) e Floating Water (a versão cinematográfica Água Negra foi dirigida por Walter Salles) Koji Suzukique, lançará no próximo dia 6 Drop, um conto de terror que conta a história de um espírito malígno que vive em uma privada de um banheiro público. Nada mais apropriado, então, do que ser impresso em rolos de papel higiênico, que custará US$2 por seus 30 metros de comprimento. Para para a Hayashi Paper, a empresa que lançará o produto, mesmo sendo a primeira vez no Japão que um conto será distribuído na mídia nada convencional, impressões em rolos de papel higiênico não são novidade. Na sua lista de produtos lançados constam desde rolos com desenhos inocentes até informações importantes sobre como proceder em caso de desastres naturais.
Imprimir um conto em um rolo de papel higiênico pode até parecer "coisa de japonês", mas não é. Ano passado uma empresa espanhola lançou rolos com clássicos da literatura mundial, desde peças teatrais, poesias, até trechos da Bíblia.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Qual o seu tipo de nerd?
Sabe quem são estes? De certa forma você pode ser um deles.
Estes são os cinco grupos básicos de NERDS que existem hoje em dia. E na sociedade contemporânea simplesmente não tem como você não possuir pelo menos um traço de algum ou todos eles. Vamos entender então quem são esses caras:
(1) O Carinha de camiseta verde: Este é o Fanboy, aquele amigo seu que adora alguma coisa ao ponto da adoração. Pode ser desde quadrinhos (A camiseta dele é do Lanterna Verde), até Star Wars ou Senhor dos Anéis. Esse cara conhece até a cor da cueca do diretor do terceiro filme no primeiro dia da filmagem. Ele coleciona todos os discos, videos, gibis e etceteras de sua paixão, quase como um fanático por futebol, só que sua obsessão é por coisas que simplesmente nunca lhe darão dinheiro. (Eu que o diga)
(2) A menina de flanela e fones de ouvido: Esta é um exemplo de Geek Musical. Autoridade absoluta sobre algum tipo de som, esta garota vive tentando te apresentar aquele som novo muito legal que ela descobriu enfiado em um canto maldito de um sebo qualquer. Assim como os macacos, este espécime não pode ser alimentado, senão ela não larga mais do pé. Por outro lado, sempre que você tiver uma dúvida musical pode recorrer a ela, que é quase uma enciclopédia. Mas não tente mostrar uma banda nova, que este tipo de Nerd vai até os confins do inferno para arrumar alguma informação que você não tem.
(3) O cara de sandália com meias: Este garoto que fugiu das aulas de moda é o Jogador de Games. Exemplar que passa a maior parte do seu tempo em frente á televisão, ao computador ou ao joguinho portátil. É muito fácil reconhecer o Gamer andando pela rua. Note os olhos vermelhos pela falta de sono (á noite tem menos gente no servidor, então o lag é menor), a pele gordurosa devido á alimentação por salgadinhos, as roupas usadas por três dias, a brancura da pele que nunca vê sol. Mas é um cara muito legal para ter como amigo. Sempre que você tiver vontade de conhecer aquele jogo novo que acabou de sair é só dar uma passada na casa dele, que com certeza o rapaz já tem. Pode ser Playstation, X-Box, Gameboy, PC… Ele tem tudo, conhece tudo. Lembra até como se faz para dar o super-ultra-mega-booster golpe da pata do dragão no contra-ataque da águia voadora na casa da Mãe Joana. Ou algo desse jeito. Ah, e não se esqueça que as palavras prediletas de le são End-Game e Zerei.
(4) Aquele de marrom com um aparelho na mão: Nem precisa muito para saber quem é este: é o Maníaco por Gadgets. Para quem não sabe, gadget é como chamamos os aparelhinhos eletrônicos, ou qualquer bugiganga tecnológica que inventarem por aí. Ipod, Mp3 player, Dvd portátil, PSP, e daí por diante. Se é eletrônico, ele gosta. Se é portátil, é o céu. Pra deixar esse cara feliz, mostra pra ele um anúncio de notebook, ou deixa ele fuçar no seu. Este tipo é tranquilo, meio avoado, mas companheiro. Não tem como deixar de encontrá-lo, já que ele tem um pager, um messenger, um celular, e todo tipo de coisa. Perfeito para se encarregar de avisar o pessoal pras festas.
(5) O tipo soturno de capuz preto: Este é o Hacker, uma espécie louca para entrar em extinção, mas que é tão espírito de porco que nem pra isso se organiza. Em geral são garotos-gênios que adoram avacalhar o mundo que os rodeiam, por se sentirem mal-entendidos ou apenas entediados. Com seus conhecimentos avançados em informática e eletrônica pode fazer chover no sertão, mas prefere gastar seu tempo ferrando com o sistema. Visualmente se parece muito com o Gamer, mas possui aquele olhar vidrado de quem vive tomando café e não se relaciona com outras pessoas, principalmente do sexo oposto. É geralmente aquele cara que vai conseguir um contrato milionário para trabalhar em programação para alguma empresa indiana de tecnologia.
(6) A lindinha de cabelo azul maluco: Taí o exemplar de um Otaku, também conhecido como fã de Anime. Mas não só Anime. Também vêem Mangá, Hentai (alguns), e outros. Este tipo curte tudo que vem do oriente, ao ponto de se vestir como algum personagem conhecido de anime, e se reunir em convenções para trocar impressões. São pessoas sempre bem humoradas e de tanto interpretar e viver esta mania, acabam desenvolvendo trejeitos comuns nos desenhos, como fazer sinaizinhos com as mãos e poses estranhas com as perninhas, bem como falar certas frases em japonês e conhecer simplesmente cada detalhe minúsculo de cada episódio de seu mangá favorito. Mas não pense que só japoneses ou coreanos são Otaku. Não senhor, Otaku aceita toda e qualquer raça, cor, credo e religião. O que vale é se divertir.
"Baby, baby, baby"
domingo, 24 de maio de 2009
Aparador de sobrancelhas assassino
Narzissenfest
sábado, 23 de maio de 2009
"Internet, experts e The Big Bang Theory"
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Como conquistar um geek!
Teste: você é esquizofrênico?
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Fone Cão
terça-feira, 19 de maio de 2009
Do blog do Reinaldo Azevedo
Negro, filho de uma empregada doméstica, saído literalmente da pobreza, Simonal se tornou um dos mais populares cantores brasileiros. Até aí, vá lá, a estupidez também pode render aplauso. Acontece que ele era bom. Muito bom. Um dueto com Sarah Vaughan ou sua habilidade em reger um coro de 30 mil vozes no Maracanãzinho dão algumas pistas do seu talento. Fragmentos de entrevistas e shows, habilmente costurados no documentário, revelam um homem inteligente, chegado ao cinismo e à auto-ironia. E, vê-se ao longo do filme, não era do tipo chegado ao coitadismo, ao vitimismo, ao pobrismo, a mascarar deficiências técnicas com sua origem humilde, essa coisa tão asquerosa e corriqueira hoje em dia. Ao contrário: tinha plena consciência de seu gigantesco talento e ganhou a fama de arrogante — de “preto arrogante”. E vocês sabem o quanto isso podia e ainda pode ser indesculpável.
Cantor excepcional, criativo, capaz de transitar na fronteira de vários estilos, Simonal era uma das possibilidades do pop brasileiro, abortado por um conjunto de infaustos acontecimentos: da ditadura dos militares à ditadura dos “profundos”, que tomou conta da música. Outro, de estilo diferente, mas não menos marginalizado, era Tim Maia — leiam Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, que, diga-se, ilumina aquele período, neste documentário, com a lucidez habitual. Simonal não tinha grandes “mensagens” a passar, sabem? E sua música dispensava manual de instrução e guia para entendimento de metáforas.
Mas Simonal fez, sim, uma grande besteira. Em 1971, desconfiado de que seu contador, Raphael Viviani, que fala no filme, andava metendo a mão na sua grana, contratou dois seguranças, um deles ligado ao famigerado Dops, para "resolver" a questão. O homem foi raptado, torturado e obrigado a assinar uma confissão. A mulher de Viviani chamou a polícia. Simonal se complicou. Para tentar se safar, afirmou que tinha “contatos com os homens” — sim, os homens do regime...
Era o seu fim. Passou a ser tratado como dedo-duro e delator dos colegas — embora, como lembra Chico Anysio, não haja uma só pessoa que possa dizer ter sido prejudicada por Simonal — além de Viviani, é claro. A imprensa o tratava como agente dos órgãos de segurança, assim, como um aposto comum, desses que servem para identificar pessoas: “Simonal, ligado ao Dops...” Ele passou a ser a pessoa mais demonizada no Pasquim, de Ziraldo e Jaguar (o sul moral do Brasil; já volto ao caso). Num dos quadrinhos, aparece, acreditem, dando um tiro na cabeça!!!
Não, Simonal nunca foi agente do DOPS. Acontece que as esquerdas já se incomodavam com os seus hits muito pouco engajados. Foi ele quem transformou num sucesso estupendo País Tropical, de Jorge Benjor. Aquele trecho da música cantado só com as primeiras sílabas das palavras foi uma “bossa” sua: “Mó, num pa tro pi/ abençoá por De/ que boni por naturê/ mas que belê...” “Patropi” virou substantivo, às vezes adjetivo. Aquela parte da crítica que acreditava que boa música tinha de falar das nossas mazelas e, eventualmente, acenar com a “revô sociali dos oprimi” já estava na sua cola. Era considerado ufanista e instrumento da ditadura. Em 1970, havia acompanhado a Seleção Brasileira na Copa do México. Simonal, em suma, era o alienado do “patropi”.
O episódio truculento de 1971 — pelo qual ele tinha, de fato, de prestar contas, e ninguém está a dizer o contrário — era a fagulha que faltava num barril de vários preconceitos combinados: o “preto arrogante”, que chegou a se declarar “de direita” e que era tido como o cantor “do regime”, passou a ser considerado, também um dedo-duro. Os shows desapareceram. Artistas que antes faziam questão de dividir o palco com ele passaram a rejeitá-lo. O Pasquim o esmagava impiedosamente, difamando-o entre artistas e intelectuais. A grande imprensa não ficava atrás. Foi banido das televisões. Estabeleceu-se uma espécie de stalinismo midiático: Simonal foi apagado da história brasileira. O homem que fizera o dueto com Sarah Vaughan — é visível o encantamento da diva — era um proscrito. Depois de demonizado, decretou-se o silêncio. Seu nome foi apagado. Em 2000, morreu em razão do agravamento de uma cirrose hepática.
Ninguém Sabe o Duro que Dei, título do filme, é verso de um dos seus sucessos. Justamente uma música que ironizava o fato de que muitos criticavam ou invejavam a sua boa vida e a sua riqueza. E ele, então, respondia: “Ninguém sabe o duro que dei”. Pois é... O que é espantoso, mas muito próprio da indústria da difamação, é que não havia prova, evidência ou indício da ligação de Simonal com a “repressão”. Inútil!
O filme é equilibrado. Não há qualquer esforço para desculpar Simonal pela bobagem. O depoimento do contador é bastante longo, e não há a menor intenção de desacreditá-lo. Faço essa observação para deixar claro que Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal não maquiam a vida do artista, corrigindo com a simpatia o que há nela de condenável. Mas não há como não se deixar capturar pelo óbvio talento de Simonal. Talvez pudéssemos sair do cinema um tanto divididos: “Pô, também quem mandou fazer aquela tolice?” Mas Zirado e Jaguar nos tiram dessa sinuca.
VELHOS NA ALMA
Ziraldo comandava O Pasquim. E isso quer dizer que comandava, também, a difamação contra Simonal. Os diretores estão de parabéns por terem deixado o homem falar à vontade. Quando ele fala, o mundo se ilumina porque nos damos conta de quem ele é. O cara reconhece que parte do ódio que havia contra o artista decorria do fato de ele ser, vamos dizer, um preto bem-sucedido. Mais: admite que aqueles eram tempos em que um lado era o bem, e o outro, o mal. E Simonal estava do lado errado...
Ziraldo sabe, hoje em dia, que o cantor jamais fez parte dos órgãos de repressão. Se, à época, ainda podia alegar alguma ignorância, hoje não pode mais. Tem clareza de que o cantor caiu vítima da máquina de difamação ideológica não por aquilo que fez, mas por aquilo que não fez. Pensam que há nele alguma sombra de arrependimento ou, vá lá, de reconhecimento ao menos das injustiças cometidas? NADA!!!
O cartunista recorre a uma imagem canalha, asquerosa, nojenta mesmo, para se referir ao caso. Segundo diz, os confrontos ideológicos eram como lutas de capoeira, com pernadas para todos os lados. E alguns tinham a má sorte de estar na frente. Entenderam? Ziraldo e as esquerdas davam as pernadas, e o pobre Simonal tomou a sua. Para este senhor, isso é parte do jogo.
Jaguar, que continua a investir na personagem do bêbado profissional, vejam lá por quê, não fica atrás em grandeza moral. Faz um relato debochado da tragédia de sua vítima e diz: “Ele morreu de cirrose; poderia ter sido eu”. E cai na gargalhada. Ah, sim: ao falar sobre negros de sucesso, cita o nome de Pelé e diz: “Se bem que Pelé é branco...” Entenderam? Para Jaguar, um negro só é negro se exibir sinais explícitos de sofrimento e for engajado. A propósito: o depoimento de Pelé é um dos grandes momentos do filme. A dupla do Pasquim, mesmo sabendo que Simonal era inocente, não o anistia, não. Nem a anistia moral eles lhe concedem.
É que os dois não sabem o que é isso. Só conhecem o perdão traduzido em reais A Comissão de Anistia mandou pagar R$ 1.000.253,24 ao milionário Ziraldo e R$ 1.027.383,29 ao nem tão rico Jaguar (confessadamente, ele “bebeu” todo o dinheiro que o jornal lhe rendeu). Mais: ganharam também o direito a uma pensão mensal permanente de R$ 4.375,88. Por quê? Ora, porque eles foram considerados “perseguidos pelo regime militar” por conta de sua atuação no Pasquim, aquele que desenhou Simonal dando um tiro na cabeça...
Sensatas e até comoventes são as palavras dos cantores e compositores Simoninha e Max de Castro, filhos de Simonal. Tentam entender a personagem na lógica dos confrontos de um período e dizem ser necessário resgatar sua obra, sem qualquer viés de confronto. O ódio de que Simonal foi vítima (ainda presente nas falas irresponsáveis de Ziraldo e Jaguar) não turvou o pensamento dos filhos, a cujos shows o pai chegou a ir. Mas os via escondido, sem mostrar a cara. Não queria, como conta sua segunda mulher, “prejudicar os meninos”.
Não deixem de ver o filme. Vale como divertimento e também como advertência: a máquina de difamação, que dá pernada a três por quatro (e dane-se quem está na frente), continua ativa. e agora está no poder.
PS: O filme merece uma atenção bem maior do que a que vem recebendo. De certo modo, a maldição continua. Como NÃO diria Chico Buarque, as esquerdas inventaram o pecado, mas se esqueceram de inventar o perdão.
Você sabia que...
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Emue
Vocês viram?
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Dissecando sapos
Protesto "Mega Não" ganha as ruas de São Paulo. Quem vigia os vigilantes?
Não sei se você percebeu, mas a liberdade de expressão na Internet está sendo ameaçada ao redor do mundo por Governos e grandes corporações que procuram implantar uma censura absurda ao direito básico de nos comunicarmos. O Projeto de Lei de cibercrimes do Sen. Azeredo, que atualmente tramita na Câmara de Deputados, transforma a Internet como nós conhecemos em uma verdadeira terra de ninguém, onde todo mundo é considerado culpado até que prove o contrário.
Aconteceu ontem na frente da Assembléia Legislativa de São Paulo um protesto público contra as emendas à lei de cibercrimes que se aprovadas como estão pelos deputados, vão servir para na prática criminalizar o uso comum da Internet. Se o texto for aprovado como está, vai acabar com as redes P2P, tirar do ar as redes abertas como as que já existem em várias comunidades, e ainda dar uma sobrevida ao nefasto DRM. Os provedores passam a ser considerados cúmplices de qualquer crimes cometidos nas suas redes, e passam a exercer o papel de fiscalizadores de tudo que os seus usuários fazem na Internet.
Não se iluda, todas as pessoas que produzem qualquer tipo conteúdo online estão sob risco, e se hoje quem tem um blog como eu está sempre com medo de sofrer algum tipo de censura, e ter seu site retirado do ar sem aviso prévio, no futuro a própria atividade de blogar pode ser considerada contra a lei.
E a coisa não para por aí, muito pelo contrário. Censurar e regular a Internet significa bloquear o acesso a informação dos cidadãos, um direito que os políticos do Brasil parecem ter orgulho em desprezar.
Participe dos protestos do Mega Não e ajude a mudar esta história.
Post original: MeioBit