Nada de troco veio da caixa. O tilintar das moedas rugia na fome que doía na alma e aquela andança até alí pareceu em vão.
Voltou para as calçadas em passos largos e o sereno soprou a esperança que o havia acompanhado até alí. Encontros, esbarrões, sinais, silêncio dentro do caminho de volta.
Encolheu-se no canto gelado da parede, como se o frescor do concreto fosse capaz de trazer algum tipo de conforto. E contou os buracos, as fendas, os riscos, até dormir.
E foi um sono inquieto, sem satisfação, com a lucidez inconveniente de quem não sabe dormir a noite.
E nasceu um dia pálido, sem cor e sem graça, sem risos nem prantos, só o silêncio, sem vento, ao vento.
2 comentários:
Fale, Gabi.
Achei e passei por aqui, ainda vou ler tudo com calma.
Tenho vontade de publicar textos assim, até tenho alguns. Mas meu blog foi num outro caminho, pode ser q eu mude um dia. Ou faça outro. Beijos, vou passear por aqui.
Oi, Paola! Obrigada pela "visita"! :) Vou conferir as tuas "escrevedeiras" também! Publique, não se reprima, não se reprimaaaa! hahahaha
Beeeeijos
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