Foi quando o tempo correu e ninguém percebeu que os acentos mudaram todos de lugar. E aí que nada encontrou o seu certo, e na angústia do desencaixe desmoronou num vale de pressões e impressões descabidas.
A luz da lua polvilhou de água a dúvida dos teus olhos.
O vento, o tempo, o nenhum lugar; silêncio, ira, manias, tremor. As luvas caem e a razão conhece toda a incapacidade do seu ser. E o ponteiro corre no caminho das ruas que suspiram pelos que dormem, e as tumbas estão lacradas.
Palavra alguma jamais um dia irá dizer o começo, meio e fim que num segundo escrevi e apaguei. E pela janela olhei, e chorei, e lembrei memórias por vir.
E o rosa das águas sujas salgam a beleza da melodia que se perde pelo ar. E os cílios molhados se fecham para uma aurora de paralisia, as curvas de uma costa.
Dos teus olhos, a certeza de uma lua sem luz.
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