domingo, 17 de abril de 2011

Faz-se

As melhores histórias não são as nossas para contar e tudo começou numa lua como a de hoje.

Era uma noite cheia e os destinos eram vazios mas de uma forma inexplicável sentara-se alí e, ouvir, era inevitável. E foram papos de aço e fumaças que não se vêem e filmes para serem vistos e músicas para serem cantadas e contadas e um abrupto fim.

Um contingente sem gente da semana passada, um teclado de miados e uma companhia inevitável, uma escolha arriscada dentro das possibilidades que te cercam. Do outro lado a razão pulsava e sabia que não era nem de longe o ideal caminho a ser seguido, mas pulsava de felicidade por, mesmo assim, ter sido, e regozijava-se com o vislumbre daquilo que nem mesmo, no momento, aconteceu.

E desceu os degraus da praça e viu no asfalto nascer o sol de um novo dia e, de novo, o outro lado, seguindo o raciocínio lógico, jurou que aquele impulso era algo a não mais ser repetido; o que exatamente não fez na outra fase da lua.

E hoje, na virada de um ciclo, as coisas se repetem em pensamento e o vislumbre a tudo se remonta nas possibilidades daquela primeira luz, àquelas primeiras promessas de um plano. As melhores vidas não são as nossas para se querer, mas na próxima fase essa será a lua para chamar de minha.

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