terça-feira, 28 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Uooooonnnn!
Vrummmmmm!
domingo, 26 de abril de 2009
Ausência
domingo, 19 de abril de 2009
PediSedate
sábado, 18 de abril de 2009
Mario On Bottles
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Especial de Feriado
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Plantas Pulmonares
terça-feira, 14 de abril de 2009
Um avião, um avião!
A Condição
Nunca entendi porque as pessoas me perguntam o porquê de eu ter desistido da minha primeira formação, em comunicação social. Fator número um: a não ser que eu vire uma monja eremita, serei obrigada a viver minha vida inteira em sociedade, ou seja, não existe a opção “desistir de comunicar-me socialmente”. Fator número dois: onde é que a música está dissociada da comunicação?
Sim, eu poderia “estar roubando”, eu poderia “estar matando”, eu poderia escrever trezentas páginas que diversas pessoas já escreveram sobre a sobrevivência da música e da literatura pela tradição oral nas eras pré-históricas, da incorporação de costumes e valores sociais da época em sua música (e na transmissão deles através da música), mas na verdade este não é o meu objetivo (maldito pensamento, sempre dá milhões de voltas antes de chegar ao ponto principal). Na verdade, este texto começou a partir da minha necessidade de saber comunicar-me em diversos idiomas, o que por si só já é uma afirmação falha, já que a minha verdadeira necessidade é saber pronunciar corretamente os fonemas em diversas línguas (e depois dar o meu jeito para descobrir o que as letras significam em meu próprio idioma). Mas, como a ambição de cantar bem traz em anexo diversas outras como cantar pelo mundo inteiro, como desfrutaria adequadamente de tudo sem entender o que o mundo diz em minha volta? Ou seja, para tudo na vida, existem condições. São elas que definem os prós e contras dos frutos que colheremos, regendo assim nossas escolhas. Mas e as nossas condições? Como formatá-las em nosso desenvolver comunicacional?
Na língua portuguesa, o modo condicional aqui nas bandas coloniais é chamado futuro do pretérito. Esse nome sempre me “invocou”, desde tempos imemoriais do colégio. É claro que agora nesta cabecinha existe um pouquinho mais de vã filosofia do que uma criança de dez anos, mas a questão é que, se as condições são uma realidade incontestável em todas as nossas escolhas, por que atribuímos a ela um tempo verbal que nunca será consumado?
Aparecerão alguns para defender o teor abstrato das condições mas, na minha humilde opinião, estas são as coisas mais táteis possíveis. Foram causas, serão conseqüências, nos afetam diretamente em cada momento que a aceitamos como parte que não podemos relevar ou excluir de um objetivo final. No entanto, talvez numa extrema adaptação à nossa cultura, nossas condições viraram hipótese, incerteza, irrealidade.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Consolo de Páscoa
sábado, 11 de abril de 2009
Piada infame de Páscoa
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Baby Grand Master
Iuuuuuhhhh
É proibido!
Pobre R2
Pauapixuna
Uma cantiga de amor se mexeu
Uma tapuia no porto a cantar
Um pedacinho de lua nascendo
Uma cachaça de papo pro ar
Um não sei quê de saudade doente
Uma saudade sem tempo ou lugar
Uma saudade querendo, querendo...
Querendo ir e querendo ficar
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
Um cavalo no pasto,
Uma égua no cio
Um princípio de noite
Um caminho vazio
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
E, no silêncio, uma folha caída
Uma batida de remo a passar
Um candeeiro de manga comprida
Um cheiro bom de peixada no ar
Uma pimenta no prato espremida
Outra lambada depois do jantar
Uma viola de corda curtida
Nessa sofrida sofrência de amar
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
Um cavalo no pasto,
Uma égua no cio
Um princípio de noite
Um caminho vazio
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
E o vento espalhado na capoeira
A lua na cuia do bamburral
A vaca mugindo lá na porteira
E o macho fungando cá no curral
O tempo tem tempo de tempo ser
O tempo tem tempo de tempo dar
Ao tempo da noite que vai correr
O tempo do dia que vai chegar
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
Um cavalo no pasto,
Uma égua no cio
Um princípio de noite,
Um caminho vazio
Uma leira, uma esteira,
Uma beira de rio
(Paulo André e Ruy Barata)
*Sentei, olhei, lembrei, e nada além de Pauapixuna veio na minha cabeça. Por isso cá ela está.
O Suspiro
As cores dos pudores que rodeiam sem escolher, processando muitas dores que se calam quando bate o suspiro do anoitecer de cada dia a mais que se esvai sem ter o que queria junto de si não refletem nem absorvem nada digno de ter apego ou sossego ou resquícios de alma que um dia viveram em feliz contentamento num plano sem paz.
No murmúrio dos cantos e cotovelos que se estrepam e não falam o que querem ou que devem pelo menos por respeito a si mesmos estão por vontade de saber o que se passa nessa roda que não para de chamar para seu centro os que fogem de toda lei, com gravidade, sanidade, medo de ter o que puderem e fizerem e colherem de seus olhos que não conseguem parar de fitar o chão.
O recado encontrado em palavras mal talhadas em impropérios questionáveis e visagens do passado que ficou em outro mundo e dá à luz um novo corpo intocável em decorrência de um meio imutável de moral questionável e jocosos comentários abalados pelo vento que não acha direção e faz suar e tremer sem propriedade o que não existe na verdade e no ideal se sentará.
Nasce a lenda e assim os seus problemas vão ruindo pelos cantos e portanto seguem fixos bem abaixo do que quisera fitar e medir e detalhar num universo convexo e complexo que não tem como chegar e se expressa no otimismo num olhar quase tímido com manias e reflexos e temores e esperanças e confiança que não sabe se mostrar.
E num suspiro ao pensar no que acha que não vem sem ter certeza de que tudo não passa de um sonho, devaneio, pragas vindas de ocultos pensamentos que clamavam por um passo descuidado, um tropeço num limite imaginário do que seria razoável de sentir e de clamar e de urrar para ter e acoplar ao pensamento de agir sem comedir-se, só mostrando o que é, o que quer que seja, num suspiro, sem pensar.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Aquele cheiro...
Estava sentado na cama, sem saber se sentia frio ou calor, com as víceras latejando, numa incapacidade de fazer qualquer tipo de especulação. As luzes lá fora convidavam para uma caminhada qualquer, sem rumo, mas sua cabeça dava mil voltas no mesmo lugar. Como poderia decidir, como poderia saber o que era aquele cheiro...
A lua nascia pela metade e um carro cantou pneu na esquina. Sua boca pedia água mas suas pernas bambas impediam qualquer reação naquele momento. A redenção jamais chegaria, os fantasmas permitem-se materializar nos momentos mais desnecessários, este era o fato. Os olhos corriam de um lado para o outro, sem nada achar.
Tudo tremia, e o cheiro não parava de exalar... Não podia decifrar do que se tratava, de onde veio, no que se transformaria, para que estava lá. Sempre se irritou com a falta de propósito nos acontecimentos, mas como encontrar um porquê não sabendo nem mesmo por que procurar? Quanta confusão sem propósito, vontades sem fins específicos, supérfluos reais, temores e mais temores...
Perdeu-se em devaneios, e não pode contar quanto tempo ficou alí parado, contemplando o nada e tudo mais. Tinha medo de encarar até sua sombra. Mas o tempo mudou, o vento virou, e a necessidade de tentar era incessante, explodiria a qualquer momento.
Venceu a preguiça de existir, bagunçou, arrumou, bagunçou tudo de novo ao redor, como em sua vida, sem prateleiras fixas para organizar o que passou, pra abrigar o irremediável. Olhou para fora, com a esperança de sair, mas as luzes não estavam mais lá. Mas aquele cheiro...